quinta-feira, 28 de abril de 2011

Estátuas de Sal

Literatura Brasileira

Livro: Estátuas de Sal
Autor: André Cardinali
Editora: Novos Talentos
                Quem são as Estátuas de Sal?
                Dez anos depois que Deus destruiu São Paulo por conta dos pecados de seus habitantes, essa pergunta ainda rodeia a cabeça de Alice; principalmente agora que seu pai foi encontrado morto, com suspeitas de suicídio.
                Em busca de respostas, a jovem inicia uma investigação que a levará até as ruinas proibidas da antiga metrópole. Uma viagem sem retorno e que levará muito mais do que ela procurava à principio.
                Uma viagem em busca do sentido da vida.
                A história é muito boa e intrigante e a criatividade do escritor, como um contador de história é admirável, porém a narrativa escolhida por ele não conseguiu prender tanto a minha atenção. Alice passa a maior parte do livro sozinha, correndo de uma pista para outra atrás da verdade. A falta de diálogos acabou por deixar o livro lento e quando a história começa a adquirir um ritmo mais acelerado, com a inclusão de outros personagens, logo o livro acaba nos deixando com gostinho de quero mais. Ressalto a relação de Pedro e Marina, gostaria de ter lido mais sobre eles.
                Faltou um Epilogo para dar maiores detalhes sobre o que acontece com todos após conseguirem fugir de São Paulo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O pau


Literatura Brasileira
Livro: O pau
Autora: Fernanda Young
Editora: Rocco
                As mulheres querem se vingar de tudo e de todos. Da mãe, da irmã, do avô. Do padre e do primeiro conquistador. Do santinho e do pecador. Olha bem para mim – devo estar corada e mais bonita agora, não estou? É por causa da vingança. Ao qual me entrego, pronta para dar o melhor de mim, nesse ancestral ritual feminino. Oferecer em altar aquilo que há de mais certo e poderoso em minhas entranhas: o calculismo frio.  O delírio equacionado. Horas, horas e horas de planejamento doentio.
                Amei, o livro é hilariante. Nunca em minha vida imaginei que o órgão sexual masculino (realmente o livro fala bastante disso) pudesse dar tanto pano para a manga. Trechos como “Um homem tosse por dois meses e não vai a um médico; ponham umas bolhas em sua glande e no dia seguinte ele estará no urologista. Onde aproveita para examinar a próstata, por via das dúvidas. Só mesmo a hipótese de não poder mais intumescer o pênis para deixar um homem aliviado com um dedo no cu. Mil dedos no cu vocês aguentariam, só para manter o divino poder da ereção.”
                Terminei o livro com medo da Adriana. A mulher é totalmente transtornada, até fiquei com pena do namorado e entendi os motivos da traição. A “velhota” realmente não é nada fácil.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lázarus

Literatura Brasileira
                                                                             
Livro: Lázarus
Autora: Georgette Silen
Editora: Novo século

                Mistérios, romances, alta tecnologia, sangue e morte passam a cercar a vida de Laura Vargas, museóloga brasileira, após ela aceitar um surpreendente e inesperado convite para assumir o cargo de curadora de arte no The City Museum of Art and Gallery, em Bristol, sudoeste da Inglaterra, a cidade natal da família do seu pai. Disposta a começar uma nova vida ao lado da filha adolescente, Cinthia, Laura se surpreende ao descobrir que nem todos são aquilo que aparentam ser e que a eternidade é muito mais do que um conceito, ou uma simples palavra, quando ela encontra o Lázarus e recebe dele o seu “dom”. Agora, Laura precisa fugir dos seus perseguidores, interessados em obter a “cura” milagrosa para todos os males, o dom ofertado pela misteriosa criatura lendária, e que se concentra em seu sangue.
               
                Nas primeiras páginas achei a narrativa dura demais, os diálogos engessados. Porém, após avançar um pouco e começar a mergulhar na história eu já estava totalmente envolvida com Laura. Compreendi a necessidade da formalidade nos diálogos, por se tratar de uma família Inglesa; a aparente e enganosa frieza se fazia necessária. Laura é uma mulher forte, decidida e encantadora e vive em um mundo onde o excesso de formalidade é imprescindível.
                Pude notar a ampla pesquisa realizada pela autora, Georgette, que consegue fazer com que o leitor esteja mesmo em Bristol. A intimidade dela com a cidade e com o dia a dia do museu é tanta que me pergunto se Georgette não esteve mesmo em todos aqueles lugares.
                A autora passeia livremente entre os personagens, sempre narrando na primeira pessoa. Quando há a troca de narrador, facilmente conseguimos notar a diferença e penetrar na alma dele. O livro acaba com um delicioso gostinho de quero mais. Rezo ardentemente para que a Editora Novo Século coloque logo à nossa disposição a continuidade da história de Laura.

sexta-feira, 22 de abril de 2011